História de Jiribatuba.
Jiribatuba é uma vila que faz parte do município de Vera Cruz. Este é um município brasileiro do estado da Bahia. localizado na Ilha de Itaparica, a maior ilha marítima do Brasil, na Bahia de todos os Santos. Possui latitude de 12º 57' 32” Sul e longitude de 38º 36' 16” Oeste. A população é estimada em 34.520 habitantes (ano de referência 2005).A área total do município é de 211 km2, ocupando 87 % da Ilha de Itaparica.
A topografia de Vera Cruz é predominantemente plana; os picos constituem raras exceções, não chegando a 15 metros de altitude. Possui clima tropical, quente e úmido, com uma costa banhada por mar calmo e com precipitação pluviométrica constante.
A divisão administrativa do município é composta da Sede do Município; distritos povoados e vilas, composta como descrito a seguir:
Distritos: Mar Grande (Sede: Duro, Riachinho, Jaburu, Fonte da Prata); Barra do Gil; Jiribatuba; Cacha Pregos.
Cidade: Mar Grande
Vilas: Ilhota; Gamboa; Gameleira; Penha; Taipoca; Coroa; Baiacu; Berlinque; Conceição; Barra Grande; Matarandiba; Jiribatuba; Tairu; Aratuba; Barra do Pote; Cacha Pregos; Barra do Gil.
Povoados: Juerana Porrãozinho; Ponta Grossa; Campinas; Catu; Porto Sobrado.
Contexto Histórico:
A Ilha de Itaparica à época da colônia, no séc XVI, era habitada por índios Tupinambás, foi doada pelo 1º Governador do Brasil, Tomé de Souza, à sua tia Dona Violante. O primeiro povoado surge no ano de 1560, quando os portugueses erguem, na localidade denominada Baiacu, a primeira igreja da Ilha (2ª Matriz do Brasil), sob as bênçãos do Nosso Senhor da Vera Cruz; daí a origem do nome do Município. Durante mais de um século a Ilha é local de plantação de cana-de-açúcar e de criação de gado bovino, a pesca da baleia passa a ser a principal atividade econômica até o final do século XVIII.
No séc XIX as atividades produtivas na Ilha de Itaparica declinam, as localidades servem como entreposto de produtos vindos do interior do estado. Já no séc XX as parais começam a servir como local de veraneio para os moradores de Salvador e região circunvizinha, revelando um potencial para o turismo que será um impulso para a região após a década de 80 do séc XX.
Vera Cruz emancipa-se politicamente, desmembra-se do município de Itaparica por força da Lei Estadual nº 1773/62, no ano de 1962. Nessa época não havia planejamento para o desenvolvimento da região. Os problemas sociais decorridos do declínio econômico e falta de atividades produtivas sustentáveis, enraizaram a pobreza no município. As atividades ligadas ao turismo não conseguiram absorver a mão de obra de maneira abrangente, para propiciar um desenvolvimento econômico capaz de gerar emprego e renda e resgatar a dignidade da população local.
A vila de Jiribatuba possui uma população ligada à atividade pesqueira e pequenos serviços de atividade rural, tais como: coleta e venda de frutas, capinagem, criação de animais de pequeno porte (porcos, galinhas), atividades ligadas essencialmente à subsistência. Muitos dos habitantes locais dedicam-se à atividade informal, não conseguindo estabelecer vínculo empregatício com renda mínima. Esse quadro social, não permite que a comunidade tenha acesso a uma boa estrutura de sistema educacional, principalmente para as crianças de 01 a 06 anos que dependem de atividades de creche e pré-escola. A vila de Jiribatuba é uma das vilas mais carentes do município de Vera Cruz. Isto porque não é dotada de pontos turísticos atraentes, que possibilitem a vila a se integrar à vocação natural do restante do município, o TURISMO.
Com uma economia frágil e sem perspectiva de ação do poder público para investir na vila de Jiribatuba, as conseqüências sociais acabam afetando principalmente a população infanto-juvenil. A desigualdade social e a pobreza acabam por deixar a infância e a juventude desprotegidas, cujas famílias não têm acesso a serviços básicos de saúde e educação. O quadro é a disseminação de doenças infecto-contagiosas, já erradicadas em muitos países tais como: difiteria; contaminação parasitária; doenças ligadas ao não tratamento de água e esgoto; desnutrição e insegurança alimentar. A educação também é oferecida de forma precária, faltam escolas para atendimento integra, no sentido de desenvolver intelectual e socialmente às criança e adolescente da vila. Pra agravar ainda mais a situação, a qualificação profissional do corpo de professores é abaixo do desejável.
A degradação da condição de vida das famílias e a falta de políticas públicas tornam essa juventude vulnerável. A baixa escolaridade e analfabetismo são alarmantes. Muitas jovens entre 15 e 17 anos já são mães, em verdade a gravidez está sendo cada dia mais precoce. A média de anos de estudo da população acima de 25 anos de idade é de 5,5 anos; o analfabetismo atinge 18,74 % da população. A renda percapita não atinge 48 Euros. A mortalidade infantil ainda é preocupante. As doenças endêmicas ainda estão muito presentes na região. Poderíamos relacionar diversos fatores adversos ao bem estar social, mas, nos limitamos aos pontos mais fundamentais. No item “Quadro Socioeconômico do Município de Vera Cruz” colocamos informações, constando de índices de desenvolvimento, dados demográficos, e de educação para demonstrar o que aqui foi expost.
O quadro sócio-econômico de Jiribatuba demonstra claramente que a mobilização social e a ajuda de organismos ligados à proteção, desenvolvimento e proteção da infância e juventude são fundamentais para que possamos resgatar a dignidade dos habitantes da vila. Com ações permanentes, com vistas ao desenvolvimento sustentável e investimento na área educacional, poderemos dar aos jovens e crianças de Jiribatuba um horizonte melhor, rumo a uma sociedade mais justa e igualitária, oferecendo oportunidades, para que eles vislumbrem um futuro melhor em suas vidas.